Entre duas pessoas há sempre uma lágrima pronta para ser liberta. Um sinal de alegria ou de tristeza, pela distância ou proximidade. Qualquer que seja a distância entre duas pessoas, essa é um precipício; do tamanho de uma mão, do esticar de um braço. Estamos a um passo de estarmos completamente distantes de qualquer pessoa. Amada pelo alcance de nosso abraço, perdida pela distância de nosso carinho. Centímetros de distância entre os olhares, quilômetros de longitude entre os sentimentos. Sorrisos atalhos de simpatia ou simpatias atalhos de sorriso. Finitamente limitados pela individualidade. Finitamente limitados por nossos limites.
O medo de ser um conjunto vão de dois. Uma frivolidade emocional e passageira. Acima de tudo, medo de ser passageiro, e não motorista. O medo da perda de algo que nunca se teve, do tamanho de um carinho, de um conforto, de um afago. Do tamanho da menor distância entre nós dois. O receio da maior distância entre nós dois.
Não há saída. Há que sermos paralelos. Ou então, seremos perpendiculares.
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca"
Lucas.